É certamente uma casta muito antiga já referida em Portugal e Espanha no século XVI. No séc. XIX é assinalada em quase todo o País, mas no séc. XX, enigmaticamente, é referenciada quase em exclusivo na região do Dão. Nada tem a ver com o Terrantez da Madeira, que corresponde ao Folgasão do Continente e é frequente no Douro e Beira Interior. Advinha-se um futuro promissor para o Terrantez, dado ser uma casta de excelente acidez, grau alcoólico médio e intensidade aromática.
O bago é miúdo e a película espessa, justificando variadas opções enológicas. Ainda se encontra em vinhas muito velhas do Dão, mas já está a merecer a atenção de produtores inovadores, que a estão a plantar na zona de Seia, Carregal do Sal, Nelas e Penalva do Castelo. Os vinhos distinguem-se pela delicadeza e originalidade do aroma, acidez elevada e grande potencial de envelhecimento em garrafa. Oxalá a região saiba aproveitar rapidamente o caráter e originalidade desta casta, antes de ser descoberta por produtores de outras paragens.
O consumo do vinho do Dão
nas casas senhoriais da região.
