É uma originalidade do Dão de cultivo ancestral. Relatos de 1790 registam a sua presença frequente à volta de Viseu e no século XIX em Gouveia. No século XX são os concelhos de Gouveia, Mangualde, Tondela, Viseu e Seia que têm maior incidência de cultivo da casta. Viticolamente não é uma casta fácil, pois costuma ter uma segunda floração e, portanto, origina cachos verdes e maduros na mesma cepa.
É provável que tal distúrbio fisiológico resulte de má afinidade com os porta-enxertos e tenha solução técnica. Enologicamente dá origem a vinhos com aroma discreto, boa acidez e grande estrutura de boca, que envelhecem nobremente. Na legislação que regulamentava a região do Dão em 1953 era considerada a melhor casta branca do Dão com um estatuto análogo ao que tem o Encruzado atualmente.
O consumo do vinho do Dão
nas casas senhoriais da região.